CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

6 de março de 2009

(#)

Presidente Prudente está mais quente que ontem e provavelmente amanhã estará mais quente que hoje. Suar cansa, levar a toalha de rosto ao rosto 100 vezes por minuto cansa, tomar água e urinar feito bêbado no carnafunk cansa. O calor afeta, diretamente a vida de qualquer brasileiro, seja deixando a marca de caminhoneiro ou a marca do óculos, mas afeta sim.

Calor é uma coisa que mexe com todos os meus cinco sentidos:
#1 TATO: Me sinto um tritão, já que tudo é molhado, tudo é suado. Coisas ásperas machucam e coisas lisas escorregam demais. Escrever é complicado, a BIC não para na minha mão, rola até mensagem sexualmente subliminar, como se a caneta fosse o pole dance e meus dedos a fogosa que nele dança.
#2 PALADAR: No calor meu paladar sente somente o gosto transparente da água e o sal forte.
#3 AUDIÇÃO: É aqui que a coisa fica complicada. Tenta abrir algum saco plástico perto de mim! Tenta mastigar algo crocante perto de mim! Tenta mexer com alumínio perto de mim! Provavelmente tentarei me controlar, provavelmente não conseguirei e vou avançar em você, rosnando, e também provavelmente você pegará raiva.
#4 VISÃO: Com 7 graus de miopia e 8 de astigmatismo nunca esperei ver muita coisa não, mas se passo em uma calçada com pedras brancas, xingo até a sétima geração de quem a projetou. Essas calçadas têm que vir com um brinde: um óculos escuro por quem passa nela.
#5 OLFATO: O único cheiro que sinto no calor, infelizmente é do desodorante AXE ou o cheiro de asa, me culpo eternamente por fazer faculdade no período noturno e pegar ônibus no horário onde a galera trabalhadora sai do serviço. O famoso cheiro das 18h, uma mistura incrível de creme de pentear NEUTROX/DAVENE/PANTENE/SEDA/LINHAÇA/CREME DE BABAÇU com o desodorante que protege por um tempo menor que a jornada de serviço com um adicional do cheiro corporal, tudo bem batido num liquidificador, chamado ÔNIBUS.


Hoje ocorreu uma cena onde quase comecei meu ciclo de sangue.
Estava em um ônibus, sol dos dois lados, portanto não tinha como me esconder. Suava muito mesmo, camisa preta, calça preta e cueca boxer preta, tudo ajudando.
Eis que o ônibus para, entra uma avó e uma criança, a mãe entra pela porta de trás, deixa umas sacolas e diz para o filho que vai dar a volta, a criança que não é burra percebeu que a mãe ia embora e danou-se a chorar. O ônibus sai, olho para trás e a desgraçada da mãe rindo enquanto eu estava preso em uma lata retangular com uma criança chorando e ainda usando uma máscara do homem-aranha, aí saquei o seguinte:

Anderson + Família + Calor = Suzane von Richthofen
Anderson + Crianças + Calor = Alexandre Nardoni
Anderson + Amigos + Calor = Lindemberg Alves



FIM

2 pessoas comentaram:

Anna disse...

ESQUECEU DO CREME DE PENTEAR DE BABAÇU!
SOAIHSOAHSAHAHASHOASHOS

Nícholas Mendes disse...

cara....vc eh louco.
=PPPPPPPP
comédia, comédia, comédia..